Hoje é festejado o Dia do Rio Tietê. Um rio cheio de histórias, mas que infelizmente ao longo do tempo teve sua imagem manchada pelo descaso. É só cruzarmos a marginal que carrega o seu nome, na capital paulista, que deparamos com a sujeira e o cheiro desagradável, diferente de sua nascente, localizada no municipio de Salesópolis, na serra do Mar. Ao contrário de outros cursos d’água, o rio se volta para o interiro de São Paulo e lá ainda é preservado o seu habitat.
Há 400 anos atrás, poder-se-ia observar o que é visto nessa pequena cidade também na capital. Mas devido a industrialização desenfreada, provocada por um modelo de desenvolvimento que não respeita(va) os recursos naturais da época, hoje encontramos o velho Tietê em estado degradante.
Triste, mas é a realidade, e é através da história que conseguimos entender o que se passa em nosso tempo. É só procurar saber sobre a sua fundação. O local era estratégico. No dorso da colina, onde fica hoje a região da praça da Sé, protegia-se à oeste dos mistérios da floresta sombria e à leste contra ataques indígenas e de corsários, com as encostas da cordilheira marítima servindo de barricada. Região farta para a pesca, tanto nas águas do Piratininga (mais tarde Tamanduatei), como no leito do Tietê.
Pulando um pouco na história, em 1920, São Paulo já tinha o primeiro centro fabril do país. A cidade já havia transposto a várzea do Carmo e alcançava a várzea do Tietê, ao norte. Mesmo assim, até competições de remo era possível fazer nessa época.
Em 10 de janeiro de 1940, tinha sido criada a primeira legislação específica no Brasil contra a poluição das águas, o decreto 10.890. Chegou mesmo a ser constituída uma Comissão de Investigação das Águas no Estado de São Paulo. Em vão. O rio Tietê já agonizava.
De rio de integração paulista, o Tietê passou para esgoto industrial e urbano. Amostras indicam presença de 1 milhão e 800 mil bactérias por 100 mililitros de água, 413 miligramas por litro de resíduos e 2,6 miligramas por litro de oxigênio dissolvido.
Além do mais, oberva-se que o rio Tamanduateí também é responsável pela degradação. No trecho, não existe oxigênio (zero miligramas por litro), 16 milhões de bactérias a cada 100 mililitros e 483 miligramas de resíduo por litro.
Esse é o retrato de um dos principais meio naturiais, não só do estado, como do país, e vejo que muitos de nós não merece cantar “parabéns pra você”, seria hipocrisia de mais. É preciso uma política forte de sustentabilidade ao Tietê há muito tempo. Até agora só existem resquicios de ações, daqui a pouco só teremos resquicios de rio.
Thiago Toledo
5 comentários:
grande thiagooooo
conseguiu postar então kra?...
boa, sintonizado às atualidadesss
e parabens pela carta publicada na Folha de S. Paulo
fachini
Oi galera! sou estudante de jornalismo da PUC Campinas tb!!
to no segundo ano, vi a "propaganda" do blog e do projeto de vcs, no site do Kleber Patricio, algum de vcs moram aqui em indaiatuba?? me adicionem no msn, pra trocar ideias!
bjaoo
msn: patezinha20@hotmail.com
Olá Pá. Que legal que está nos visitando frequentemente!
Temos uma integrante do grupo que é de Indaiatuba, a Fernanda Bugallo. O Thiago é de Campinas, eu (Luis) e Thiago somos de Campinas mesmo e o Fachini nós importamos do sul, hahahaha.
Então, sendo filha da puc, já convido você para a apresentação do nosso trabalho, que vai ser provavelmente na 1a semana de dezembro.
Um abraço e até o proximo post!
Luis
Olá Pá!
Tudo certo?
Sim, sou de Indaiatuba!
Está add nos meus contatos do msn!
Beijos
E não perca a apresentãção do programa!!! =)
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