segunda-feira, 30 de novembro de 2009

BIOSFERA - Amazônia

Minc defende fim das queimadas na Amazônia

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defende no prefácio do livro Amazônia sem Fogo, programa de formação técnica sobre as alternativas ao uso do fogo no processo de desenvolvimento sustentável da região amazônica, o uso do pastoreio racional Voisin e do manejo de pastagem ecológica, técnicas que buscam preservar o solo, com a adoção de sombreamentos e rodízio pastagem-lavoura, entre outros mecanismos.

De acordo com Jurandir Melado, engenheiro agrônomo e consultor em manejo sustentável de pastagem do programa Amazônia sem fogo, afirma que a adoção do pastoreio Voisin dispensa o uso de queimadas e busca proteger o solo dos efeitos do calor excessivo.

As queimadas seguem sendo um dos males da agropecuária brasileira, responsável por parcela importante das emissões de dióxido de carbono (CO2), além de representarem permanente ameaça às áreas de preservação permanente.

Somente neste fim de semana, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) detectou presença de fogo no interior ou no entorno de 79 áreas de conservação.

O País já registra este ano 62.819 queimadas. Pará (14.623), Maranhão (8.630) e Mato Grosso (8.166) lideram a prática atrasada do uso do fogo na agricultura e na abertura de pastagens. Os números totais são 46% inferiores aos do ano passado, mas, de acordo com especialistas, ainda bastante elevados, principalmente porque a prática destrói todos os anos áreas de preservação permanente.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

BIOSFERA - Combate a aviação

Campanha faz chuva de urso polar, para combater expansão da aviação

por Thiago Toledo

“Um médio voo europeu produz mais de 400 kg de gases de efeito estufa por passageiro, que é o peso de um urso polar adulto”. As palavras são da nova campanha contra o aquecimento global, na qual mostra mais do que a triste realidade destes animais, que sofrem por causa do derretimento das geleiras. Mostra principalmente, o perigo causado pelo transporte aéreo quando o assunto é clima.

O vídeo produzido pela rede que combate a expansão da aviação, a PlaneStupid, faz um alerta sobre as emissões provocadas por este tipo de transporte, que só tem crescido nos últimos anos.

Segundo os organizadores da PlaneStupid, e o que podemos observar abaixo, é que o aquecimento global não afetará somente os ursos polares, mas sim a todos nós, no momento em que o nível do mar chegar em nossas cidades.

O vídeo abaixo foi escrito pela agencia Mother e produzido pela companhia Rattling Stick. A direção é de Daniel Kleinman.

Vale a pena conferir.






É importante deixar claro que ainda não há transportes alternativos que substituem o uso dos aviões para determinados tipos de serviços. Além de ser considerado um dos mais seguros do mundo. Evidentemente que a poluição provocada pelos aviões é preocupante, no entanto, não existem combustíveis limpos para o seu uso e a realidade mostra que tampouco eles vão deixar de ser usados. Acredito que não devemos deixar de usar este transporte, mas sim, que a sociedade entenda suas consequências e use menos se assim puder.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

BIOSFERA Copenhague

No COP-15, líderes deveriam padronizar propostas

por Diego Geraldo

A decisão de estabalecer uma meta de redução de gases-estufa de 40% feita pelo governo chinês lançou uma boa expectativa para a Conferência de Copenhague. Apesar do avanço, a meta deve ser vista com desconfiança. O calculo da China é diferente dos demais países. Aliás, cada país estabeleceu um modelo de metas diferentes um do outro. Agora, é a hora de patronizar tudo.

Existem países que anunciaram metas tendo como base as emissões de 1990, como o Japão e a União Europeia. Já os EUA anunciaram, nesta semana, uma meta que já vinha sendo discutida no Congresso norte-americano, que é dimunuir as emissões em 17% tendo como referência 2005. O Brasil calculou quanto o país poluiria em 2020, e tendo como base esta referência, calculou uma dimuição de pelo menos 36,1% (o que na prática é uma meta até mais tímida que a norte-americana).

E agora chega a China, com um corte de 40%, mas não sobre as emissões gerais, e sim sobre a emissão que cada dólar do PIB gasta. Complicado? Por isso as coisas devem ser padronizadas.

De maneira vaga, a proposta chinesa se resume a melhorar o aproveitamento da energia. Por exemplo, se cada dólar do PIB chinês emite 1 kilo de poluentes, em 2020 o dólar do PIB deverá emitir 0,6 kilo de gases-estufas. Ou seja, a China não irá poluir menos que hoje em 2020, mas poluiria muito mais sem as metas.

A postura chinesa isola Índia e Rússia, últimos grandes poluidores que se negavam a levar metas para a COP-15. Com EUA e China na mesa, será impossível ignorar o encontro.

Agora falta o último grande obstáculo: de onde saíra o dinheiro? Quem vai arcar do os custos de implementação de novas tecnologias e taxação de carbono? Sem a resposta, nenhuma meta será cumprida.

BIOSFERA - Ecotaxi

Use o Ecotaxi

por Thiago Toledo





Novidade nas ruas do Rio de Janeiro. De quinta-feira a domingo, se você for circular pelas orlas de Leblon, Ipanema e Copacabana, não precisa se preocupar com transporte. Entre novembro e dezembro, a cidade conta com alguns ecotáxis que dão carona gratuita para turistas e residentes que passam pela região.

Os veículos, propulsionados por uma bicicleta, são uma alternativa de transporte ecológico e também estão presentes em cidades como Nova York, Berlim e Barcelona. No Brasil, chegaram por iniciativa da Nestlé.



domingo, 22 de novembro de 2009

BIOSFERA - Atitude

Conheça o trabalho original do "Homem Refluxo"

por Thiago Toledo


Armazenar materiais recicláveis em uma capa transparente com muitos bolsos. Este foi o trabalho de um morador de um grande centro urbano, e que ficou sete dias sem jogar seu lixo fora.

Batizada de “Parangolixo-luxo”, em alusão aos parangolés criados pelo artista plástico Hélio Oiticica, o excêntrico Peri Pane, jornalista e um dos apresentadores do programa Ecoprático da TV Cultura, pegou sua capa e começou com esta experiência intitulada “Diário Refluxo” em 2003. Na ocasião, de 28 de agosto a 4 de setembro, ele realizou uma performance em que ficou sete dias sem jogar fora seu lixo pessoal, acumulando garrafas, papéis, vidros, e mais todos os tipos de embalagens e restos inorgânicos que usava.

Desde então, O Homem Refluxo já passou pela Espanha, em 2006, e este ano foi para Napóli, na Itália. Sempre com o objetivo de mostrar um olhar diferente sobre o consumo de resíduos sólidos dos indivíduos.

Segundo relato do site do projeto: Os restos, antes esquecidos com um gesto automático nas lixeiras, se transformaram em parte do seu corpo. A cada passo, o lixo revelava seus hábitos, suas escolhas materiais, ou seja, seu lugar na sociedade.

Durante a experiência, ele desenvolveu uma nova relação com os descartáveis, estabelecendo uma comunicação visual e poética impactante com os outros habitantes da cidade.

Com o diário “refluxo” de seu consumo intermitente, já não era possível esquecer o volume, a forma, o cheiro e, principalmente, o peso de seu próprio lixo acumulado por sete dias. Passado o tempo, o homem se converte naquilo que consome.”


A performance bem original, que até os italianos já viram, você pode conferir aqui abaixo, no curta-metragem que os criadores do trabalho produziram.

Obs: A segunda parte do vídeo tem o seu áudio desativado, pois utiliza uma faixa não autorizada.





quarta-feira, 18 de novembro de 2009

BIOSFERA Copenhague

Surge o G-2, e ele pode atrapalhar Copenhague

por Diego Geraldo

Se toda essa crise teve um lado positivo, foi o fim do poder político do chamado G-8 (Grupo formado pelos 7 países mais ricos mais a Rússia) e, com certa liderança do Brasil, analistas apontavam o G-20, mais amplo e democrático, como o sucessor natural. Aliás, o próprio presidente Obama disse que o grande canal de negociação mundial seria o G-20.

Obama é mais esperto que Bush, a política externa comandada por Hillary Clinton é muito inteligente. Os Republicanos defendiam uma política externa de conquista pela força. Vale lembrar que Bush deu de ombros quando a ONU condenou a invasão do Iraque. Os Democratas, preferem a negociação... a negociação que faz bem aos interesses norte-americanos, que fique bem claro. Ou você achou que presidente dos EUA defenderia outros interesses?

E essa viagem de Obama para para a Ásia deixou bem claro com quem os EUA querem negociar: com a China. Não existe projeto no mundo que dê certo sem a concordância das duas potências.

A China tem interesses em manter o cenário econômico estável, mas conforme suas vontades. Um exemplo é a valorização do dólar, que garante a competitividade dos produtos chineses, os empregos e o níveis de crescimento gigantes.

Para os EUA, vale manter os investimentos chineses que estão financiando a solução de Obama para combater a crise: gastança de dinheiro público. Desde que os juros sejam pagos, Hu Jintao não reclamará.

A China, devido aos seus problemas de disputas territoriais, não tem a tradição de se envolver nos problemas dos outros. E eles gostam de ser assim, se alguém pisar no calo, usa-se a economia para conseguir o que quer. Os EUA então continuam se colocando como donos do mundo, se metendo em todos os lugares. Mas a partir de agora só o fazem com o aval da China, porque o dinheiro gasto para comandar o mundo terá olhos puxados. Nasce o G-2.

E o que isso tem com Copenhague? Lula e seus amigos europeus podem espernear na Dinamarca, sem apoio do G-2, nada vale. São os dois maiores poluidores do planeta... e as duas maiores economias também.

O que vai determinar as intenções do G-2 no Encontro será a ida ou não de Obama para a reunião. Político nenhum, principalmente o popstar presidente norte-americano, dá notícia ruim. Ministro existe também para isso. Obama não vai até a Dinamarca para ser um vilão, se ele for, algo pelo menos razoável será apresentado pelo G-2.

E como fica o Brasil nisso tudo? Lula estava muito pressionado para estabalecer uma meta audaciosa, principalmente para frear o desmatamento. E a comunidade internacional gostou da proposta brasileira.

Caso a prosposta do G-2 seja muito boa, Lula saíra como o defensor da Amazônia, meio coadjunvante de Obama. Caso seja razoável, será apontado como um exemplo a ser seguido, junto com os amigos europeus. E na hipótese do G-2 ignorar o encontro, Lula volta para casa vestido de Pilatos. "Eu e Dilma fizemos o que podiamos, mas quem manda não quis, viu Marina? Lavamos as mãos".

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Biosfera - Copenhage & Brasil

EUA e China na marcha ré

O presidente Lula discordou da decisão dos EUA e China de não apresentar metas para a redução dos gases poluentes em Copenhage. “O Brasil tomou a iniciativa de apresentar números para poder cobrar”, afirmou o chefe brasileiro.


Por Fabiano Fachini

A decisão dos Estados Unidos e da China de não apresentar metas para a redução dos gases poluentes na conferência sobre o clima, mês que vem, foi criticada, nesta segunda-feira, pelo presidente Lula.
Ele passou o dia em Roma, na reunião da agência da ONU para Agricultura e Alimentação.
A notícia do acordo entre os Estados Unidos e a China caiu como uma bomba em Roma, onde representantes de 60 países discutem a segurança alimentar do planeta. Porque a produção de alimentos depende também das condições climáticas.
O presidente Lula ficou contrariado, mas não parecia surpreso com a decisão da China e dos Estados Unidos de não apresentar metas de redução dos gases poluentes.
O presidente afirmou que amanhã vai telefonar para os lideres Barack Obama e Hu Jintao. O presidente brasileiro lembrou que a China tem muitos compromissos com os países emergentes e terá que honrá-los. E concluiu “quanto às metas é só uma questão de tempo”. Ficamos na expectativa, então, de os governos engatarem ao menos uma primeirinha, para sair dessa marcha ré vergonhosa.
“O Brasil tomou a iniciativa de apresentar números para poder cobrar. Todos terão que apresentar números, inclusive o presidente Obama e Hu Jintao”, destacou Lula.
Mesmo sem acordo, o presidente Lula disse que vai à Copenhagem, ainda que para assinar apenas um acordo político.
Na reunião de Roma, contra a fome, os políticos poderosos das nações ricas estavam ausentes. Mas Lula afirmou que sempre estiveram.
As metas do ano 2000, de reduzir a fome pela metade até 2015 também não serão respeitadas. O número de famintos pulou em nove anos de 800 milhões para 1,02 bilhão.
O Papa Bento XVI foi, pela primeira vez, à Assembleia da Fao, defender o direito fundamental à comida. Pregar a responsabilidade com o clima e mudanças de estilo de vida.


Acabamos de ver, no post abaixo, a equipe Biosfera em entrevista com Marina Silva. O destaque: sustentabilidade, metas para Copenhage... Mas logo vemos essa situação, dois paises de poder significativo no cenário internacional desrespeitando a todos os cidadãos do mundo.

domingo, 15 de novembro de 2009

BIOSFERA Entrevista: Especial COP 15: Marina Silva

O BIOSFERA teve o prazer de entrevistar a ex-ministra do Meio Ambiente e senadora Marina Silva.

A senadora discorreu sobre o posicionamento que o país deve ter para chegar na Conferência do Clima das Nações Unidas, em Copenhague, Dinamarca, entre 7 e 18 de dezembro deste ano, como um líder e exemplo a ser seguido.

Acompanhe.



E saiba mais sobre a COP-15 aqui (em inglês).

sábado, 14 de novembro de 2009

BIOSFERA Entrevista

Marina Silva no BIOSFERA

por Luis Corvini Filho

Hoje tivemos o privilégio de entrevistar Marina Silva, em um evento ocorrido em uma universidade de Campinas.

Marina dando um tchau após uma entrevista para o BIOSFERA.

Você confere a entrevista da simpática Marina falando sobre as metas brasileiras para Copenhague nesse final de semana. Não perca!


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

BIOSFERA Copenhague

Brasil tem meta voluntária reduzir emissões de gases em até 38,9%

por Diego Geraldo

Foi anunciado nesta tarde a meta voluntária que o Brasil levará Convenção do Clima, em Copenhague, em dezembro. O governo assumiu o compromisso público de reduzir as emissões de gás-estufa entre 36,1% a 38,9% até 2020. Este valor leva em conta a expectativa dos lançamentos que o Brasil teria em 2020 caso medidas não sejam tomadas.

A ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff se encarregou do anuncio, na cerimonia que contou com a presença do presidente Luíz Inácio Lula da Silva e do ministro do meio-ambiente Carlos Minc. Dilma fez questão de lembrar que a meta brasileira é voluntária, diferentemente dos países desenvolvidos que deveriam apresentar um compromisso de metas obrigatório.

Segundo a proposta, as reduções provenientes do desmatamento diminuiriam 24,7%; a agropecuária reduziria de 4,9% a 6,1%; energia de 6,1% a 7,7%; e "outros" setores, em especial a siderurgia, de 0,3% a 0,4%. Dilma explicou que o governo agora irá estudar como levantar verbas para as ações, financiamento que pode vir dos cofres da União, da iniciativa privada, organismos internacionais e governos estaduais que quiserem participar.

Um cálculo apresentado pela jornal "O Estado de S. Paulo" aponta que uma redução de 40%, até 2020, resulta em uma redução de 19% das atuais emissões brasileiras. Nos EUA, o presidente Obama apresentou ao Congresso uma meta de redução de 20% em relação às emissões atuais do país, considerada tímida por ambientalistas. Vale destacar que a proposta norte-americana não prevê necessariamente medidas para reduzir as emissões, e sim de compra de créditos de carbono e que as emissões brasileiras são inferiores às norte-americanas.

Não existe dado oficial sobre as emissões atuais no Brasil, mas em 2005 um estudo da USP mostrou que nossas emissões foram de 2 bilhões de toneladas. A maior parte deste número vem do desmatamento. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil estará emitindo 1,62 bilhão de toneladas de gases em 2020 com as ações e, sem as metas, seriam de 2,7 bilhões de toneladas emitidas. (Foto: Agência Brasil)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

BIOSFERA: Al Gore parte 2

Al Gore lança 2a parte de "Uma Verdade Inconveniente"

Por Luis Corvini Filho
Os mais velhos vão se lembrar de Silvester Stallone em Rambo 2 - A Missão. Talvez seja essa a melhor comparação (apenas uma brincadeira, ressalto) do lançamento da 2a parte do livro "Uma Verdade Inconveniente", do ex-vice presidente dos EUA e ativista ambiental Al Gore. Esse 2o tomo chama-se "Our Choice: A Plan to Solve the Climate Crisis" (Nossa Opção: Um Plano para Resolver a Crise do Clima, em tradução livre) e seria "a missão ambiental" de Gore.


O ex-vice presidente, ganhador do Nobel da Paz em 2007, traz novas advertências sobre o aquecimento global . O livro "oferece soluções que podemos - e devemos - começar a implementar hoje mesmo". Repararam que essa afirmação é também a linha editorial do BIOSFERA? :)

Confira outras dicas também no site oficial do filme e na página oficial de Al Gore.


Fonte: AFP

Imagens: Reprodução site algore.com

BIOSFERA Copenhague

Vote pelo planeta

por Diego Geraldo

A WWF Brasil lançou está noite um e-mail para forçar o governo brasileiro a apresentar metas voluntárias de redução de gases de efeito estufa na 15a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, em Copenhague, capital da Dinamarca.

Inúmeras mensagens foram enviadas ao presidente Lula e seus ministros pedindo um posicionamento público sobre a relutância dos países desenvolvidos de assumirem sua responsabilidade em relação às mudanças climáticas.

A iniciativa está em mais de 100 países. Você pode saber quantas pessoas com o mesmo Cep aderiram a causa. Basta acessar o site e assinar.



terça-feira, 10 de novembro de 2009

BIOSFERA - Polêmica em palestra

Em palestra, jornalista diz que imprensa ignora Amazônia


por Thiago Toledo

Recentemente aconteceu em São Paulo o MediaOn 2009 - 3º Seminário Internacional de Jornalismo Online. Lá, jornalistas, blogueiros e twitteiros de destaque puderam expor o que pensam sobre a mídia on-line, além de contar sobre suas experiências. Em um dos dias do evento, estavam a jornalista Camilla Menezes, filha do técnico Mano Menezes, Danilo Gentili, repórter do CQC, e o acreano Altino Machado, ex-repórter dos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil e que atualmente possui dois blogs que tratam da Amazônia, além de twitter.

Na palestra, além de falar sobre as riquezas da região, fez questão de mostrar a fragilidade da imprensa no que diz respeito à região amazônica.

Criticou pesadamente os veículos de comunicação, disse que “a região segue ignorada pela mídia”, e que ainda há preconceito em relação ao local e aos seus habitantes.

Um dos exemplos que citou foi da cobertura do assassinato do seringueiro e ativista ambiental Chico Mendes. Segundo Altino, após a reportagem enviada ao Estado de S.Paulo, nenhuma linha foi dada e o ocorrido só ganhou destaque quando o The New York Times escreveu sobre o fato.

Para ele, hoje a Amazônia ainda só é mostrada esporadicamente, quando há catástrofes. Enquanto isso “a imprensa ignora violações a direitos humanos, crimes ambientais, corrupção e sonhos e fracassos impostos pela política”, diz.

Abaixo os links dos blogs e os vídeos da palestra de Altino Machado. Vale a pena conferir.

http://blogdaamazonia.blog.terra.com.br/

http://altino.blogspot.com/






segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Biosfera: Efeito Estufa



Fernanda Bugallo


O governador de São Paulo, José Serra assina nesta segunda (9) a lei que institui a Política Estadual de Mudanças Climáticas.

O texto fixa meta de 20% de redução na emissão de gases de efeito estufa no Estado mais poluidor do país. Vale para todos os setores econômicos.

O prazo final para o cumprimento da meta é 2020 – tomou-se como referência o volume de emissões do ano de 2005.

Não há, por ora, um cálculo preciso do volume de gases emitidos em 2005. Estima-se que foram à atmosfera algo como 100 milhões de toneladas de CO².

Reza a lei que a Cetesb (Cia. de Tecnologia de Saneamento Ambiental) terá de fazer, até dezembro de 2010, um inventário preciso das emissões.

A notícia sobre a sanção da lei foi antecipada por Serra, na noite passada, num par de notas penduradas pelo governador na sua página no twitter (aqui e aqui).

Proposta pelo executivo estadual, a política de mudanças climáticas foi aprovada no mês passado pela Assembléia Legislativa de São Paulo.

Há um quê de cálculo político na iniciativa. Candidato à presidência, Serra antecipa-se a Lula, que se esforça para empinar a candidatura oficial de Dilma Rousseff.

A sanção de Serra chega num instante em que o governo hesita em estabelecer uma meta nacional de redução de emissão de gases-estufa.

A menos de um mês da reunião sobre mudanças climáticas, em Copenhague, o governo brasileiro ainda não decidiu se levará à reunião uma meta fechada.

Na semana passada, Lula reuniu os ministros que tratam da matéria. No encontro, materializou-se o dissenso.

De um lado, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente). Do outro, os ministros Celso Amorim (Itamaraty) e Dilma (Casa Civil).

Mais ousado, Minc defende que o Brasil leve a Copenhaque o compromisso de reduzir a emissão de gases-estufa em 40% até 2020.

Metade da cifra seria garantida pela contenção de 80% do desmatamento da selva amazônica. O resto dependeria da adoção de um leque de providências.

Por exemplo: substituição de fontes de energia e aperfeiçoamento das técnicas de exploração agrícola.

Amorim e Dilma acham que o Brasil deve se comprometer apenas com a parte que prevê a redução do desmatamento da Amazônia.

Em reunião marcada para o próximo sábado (14), Lula dará a palavra final. O presidente pende para a posição da dupla Amorim-Dilma.

Prevalecendo essa tendência –80% de queda no desmatamento da Amazônia— o país limitará em 20% o seu compromisso global com a redução da emissão de CO².

É a mesma meta prevista na lei que Serra assina nesta segunda, guindando São Paulo à condição de único Estado do país a assumir esse tipo de compromisso.

A entrada em cena da presidenciável Marina Silva, agora enrolada na bandeira do Partido Verde, provocou uma espécie de corrida ambiental entre os candidatos.

Serra e Dilma tentam como que se pintar de verde. Soprepondo-se sobre Minc, a ministra foi escolhida por Lula para representar o Brasil em Copenhaque.

Em entrevista ao repórter Sérgio D’Ávila, no final do mês passado, Marina tomou o partido de Minc, contra a posição de Dilma.

"Não podemos nos limitar à redução das emissões apenas pela redução do desmatamento..."

“...Deve-se ter uma meta global, que seja para o desmatamento, para energia e para agricultura, para todos os setores".

É nesse contexto, em que os gases-estufa são aquecidos pelas pré-emissões de 2010, que Serra tenta consolidar-se como um gestor tomado de súbitas preocupações ambientais.


Fonte: Folha online

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

BIOSFERA Ranking

Relatório aponta Brasil como o 6º mais eficiente no combate ao aquecimento

por Diego Geraldo

Uma lista entitulada "O melhor e o pior das políticas climáticas e da recuperação economica", feitas pelas Ongs WWF e E3G avaliou 100 programas para combater o aquecimento global nos países do G-20. As ações brasileiras para reduzir o desmatamento na Amazônia mereceram a 6ª colocação no ranking. A primeira posição foi do governo alemão, com o projeto de "eficiência energética em edifícios".

O relatório avaliou o "Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal" do governo brasileiro, e a criação de áreas protegidas. Entre 2003 e 2008, foram criadas 148 unidades de conservação, protegendo 640.000 km2, duas vezes e meia a área do estado de São Paulo.

"Este relatório mostra que os governos que aplicam medidas para combater a mudança climática terão êxito e ocuparão uma posição de liderança", disse Kim Carstensen, diretor da iniciativa global das alterações climáticas da WWF.

Vale destacar que, entre 2004 e 2007, o desmatamento diminuiu 59% na região amazônica. Um dos principais pontos do projeto é mostrar que ações que protegem o meio ambiente também podem gerar dinheiro.

“Conservar as florestas protege a biodiversidade, assegura os serviços ambientais e a qualidade de vida dos povos da floresta, além de contribuir para o clima do planeta e trazer benefícios para a nossa economia”, explicou Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

BIOSFERA Saúde

Vem aí o verão; hora de cuidar da dengue

por Diego Geraldo

Não sei no restante do Brasil, mas aqui no Sudeste o calor anda insuportável esses dias. E logo vem aí o verão e não custa nada lembrar que no calor sobem os casos de dengue no Brasil. Portanto, a velha dica mais uma vez é válida: não deixe água parada.

Lembrando que o mosquito não voa muito longe, portanto, o mosquito de sua casa, muito provavelmente nasceu, no máximo, no seu quarteirão.

No primeiro semestre desta ano tivemos uma boa notícia, os casos 46,3% nas primeiras 30 semanas do ano, comparado com 2008. Foram 406.883 casos, um número alto se considerarmos que a doença já foi erradicada do país no começo do século.

O nosso pior ano foi 2001, com quase 800 mil casos no ano. Mas não podemos nos esquecer que cidades ainda passam por epidemias, como é o caso de Salvador.

Doença
A dengue se manifesta da seguinte maneira:

Depois que um mosquito contaminado com a doença (ou seja, que já picou uma pessoa doente) pica, demora de 3 a 15 dias para os sintomas aparecerem. Podem ser febre alta, dor de cabeça na região dos olhos, dores nas articulações e nos músculos, além de muito cansaço. Também pode haver náuseas, falta de apetite, dor abdominal, diarréia e dor abdominal.

Não se auto-medique caso suspeite, alguns remédios podem piorar a situação e procure um médico.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

BIOSFERA Serviço - Simpósio na UNICAMP


II Simpósio de Sustentabilidade e Aquecimento Global na Unicamp

Por Luis Corvini Filho

Okok, sei que está meio em cima, mas talvez ainda ajude alguém a correr e participar. Acontece amanhã na Unicamp o 2o dia do Simpósio de Sustentabilidade e Aquecimento Global. Com apresentação de painéis, mesas redondas e palestras, o evento quer promover a discussão de assuntos como fontes de energia renováveis e pesquisa sustentável.

O Simpósio acontece no Auditório do Instituto de Química da Unicamp, a partir das 8h30.

Mais informações aqui ou pelo email simposio.sag@gmail.com.






BIOSFERA Emissões

Sistema para comparar emissões de carros está desatualizado

Por Diego Geraldo

Já está a algum tempo no site do Ibama um serviço interessante que informa ao consumidor o quanto cada modelo de carro novo emite de CO2. Os carros recebem uma nota de 0 a 10 conforme as emissões e somente veículos à gasolina são comparados.

O instrumento é importante, mas já esta desatualizado. Modelos de 2009 ainda não foram colocados no site. Ou seja, O consumidor não pode comparar os modelos que estão agora nas revendedoras.

A Nota Verde indica o quão longe estão as emissões do veículo e a Nota CO2 o contrário. Cada carro tem uma Nota Verde e uma Nota CO2.


O serviço pode ser conferido no endereço:

http://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/sel_marca_modelo_rvep.php

terça-feira, 3 de novembro de 2009

BIOSFERA - Mapa Ambiental

Mapa climático mostra mudanças no clima de forma interativa

por Thiago Toledo

O Insituto de pesquisas climáticas do Reino Unido, Hadley Center, desenvolveu um mapa interativo sobre as mudanças na temperatura. Nele, são mostradas as partes do mundo que serão afetadas por cada impacto ambiental, em um cenário de aumento de temperatura equivalente a 4ºC. Você pode ver os efeitos causados na produção agrícola, nos mares, ciclones tropicais, desflorestamento e muitos outros problemas causados pelo aquecimento global.

O mapa – em inglês - é bem dinâmico e explicativo, além disso, ao clicar nos itens dispostos, você pode buscar mais informações nos links de acesso que levam ao site britânico http://www.actoncopenhagen.decc.gov.uk/en/.

De todo modo, é uma ferramenta interessante e informativa. Abaixo o mapa:



BIOSFERA Reflorestamento

Árvore em um Click

Por Diego Geraldo

Ahh... plantar uma árvore, escrever
um livro e ter um filho. Clichê, não? Mas você pode já fazer o primeiro dos objetivos da vida e não importa se você está no em um escritório no 20º andar no meio da avenida Paulista. O sistema é muito simples, você entra em um site, faz o cadastro e dê um clique. Pronto, uma empresa pagará uma muda que será plantada no seu nome em alguma região de Mata Atlântica.

Cada pessoa pode dar um click por dia e cada vez que você clicar, cresce a sua florestinha pessoal. Na imagem você pode ver a minha, com uma mísera árvore. Vamos ver como estará daqui a um tempo.

A inciativa é da SOS Mata Atlântica e até a hora desta postagem 22.600.370 árvores foram plantadas. No site você pode conferir onde são as ações e como é feito o trabalho. Então entre no link abaixo, deixe o site no seus favoritos - junto com o blog do Biosfera - e clique todos os dias.


http://www.clickarvore.com.br/

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

BIOSFERA - Estudantes Premiados

Universitários brasileiros irão mostrar projetos ambientais na Alemanha

por Thiago toledo

Quatro universitários brasileiros irão participar, dos dias 8 a 13 de novembro, de um intercâmbio técnico-cultural na Alemanha sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável. A viagem é o prêmio do Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais, realizado a partir de uma parceria da Bayer com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no qual a empresa investe anualmente 1,2 milhão de euros em prol da juventude e do meio ambiente.

Selecionados por um júri formado por professores ambientais, membros de entidades de classe, imprensa e especialistas da Bayer, Débora Felisoni Torre, Fábio Weikert Bicalho, Richard Clayton Tomasella e Thayrine Andressa Pereira Leite terão a oportunidade de conhecer a estratégia e atividades do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente para jovens, poderão conferir palestras com especialistas europeus da área de desenvolvimento sustentável e farão um intercâmbio com outros 49 jovens vencedores de outros 18 países. Eles conhecerão ainda as instalações da sede mundial da Bayer, na cidade de Leverkusen e conhecerão a Estação de Gerenciamento de Lixo e Resíduos locais.

Em sua 6ª edição no Brasil, o Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais incentiva a produção de projetos e a adoção de ações socioambientais entre jovens estudantes de 18 a 25 anos. A iniciativa vem sendo realizada desde 1998 em diversos países e desde 2004 é o carro-chefe da parceria global da empresa com o PNUMA. Desde 1998, já foram premiados mais de 350 jovens de 19 países da Ásia, América Latina, África e Europa. No Brasil, o Programa também conta com o apoio do Ministério do Meio Ambiente.

Projetos vencedores

Débora Felisoni Torre, estudante de Engenharia Química na Universidade Federal de São Carlos (SP), propõe a produção de polímeros verdes a partir da desidratação do etanol, uma fonte renovável. Seu trabalho partiu da análise de uma patente já existente. Porém, seu estudo traz o detalhamento do processo de desidratação do etanol, pouco conhecido e abordado em estudos similares. “O estudo mostra que é possível obter o etileno a partir do etanol e as análises de negócios indicam que a tecnologia pode ser bastante competitiva no mercado atual”, conta.

Fabio Weikert Bicalho, estudante de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), fez um projeto com foco nas áreas de geografia e demografia. O universitário pretende enriquecer o arcabouço conceitual relacionado ao desenvolvimento sustentável, já que a disponibilidade de dados nessa área, especialmente no Brasil, é um desafio. Seu trabalho também estuda as relações entre este tema, o risco e a vulnerabilidade. “As relações são constantemente mediadas pela criação e imposição desses riscos à população. É impossível, portanto, falar de desenvolvimento sustentável sem considerar a questão populacional e sua relação com o meio ambiente. Qual a vulnerabilidade das populações de diferentes estados e regiões às mudanças climáticas, por exemplo?”, explica Fabio.

Richard Tomasella desenvolveu um estudo para avaliar o impacto de substituir o etanol presente na gasolina por butanol, substância derivada do petróleo que também pode ser obtida a partir da fermentação do amido de milho. A partir da análise da quantidade de gás carbônico no solo e na água, os resultados mostraram que a gasolina com butanol torna-se mais biodegradável. “Este é um estudo inédito no Brasil, o que foi um desafio porque não pude consultar e avaliar outros trabalhos semelhantes, mas muito interessante também”, explica o estudante de Engenharia Ambiental na Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, em Rio Claro (SP).

Já Thayrine Andressa Pereira Leite, estudante de Engenharia Ambiental na Universidade do Vale do Itajaí (SC), trouxe como objetivo promover a educação ambiental entre crianças com idade entre dois e dez anos.. ”Acredito muito na educação como uma ferramenta para mudar o futuro. Só vamos conseguir mudar se educarmos as pessoas sobre o papel de cada um e a forma correta de agir em relação ao meio ambiente”, afirma. Monitora voluntária do projeto “Convívio: vivências lúdico-reflexivas no processo de alfabetização ecológica do laboratório de educação ambiental” que acontece desde 2000 em Itajaí, a estudante conta que a iniciativa inclui atividades específicas para cada faixa etária que vão desde brincadeiras a aulas práticas sobre temas como água e reciclagem de lixo.

Como é o programa?

Conhecido como BYEE, sigla em inglês para Bayer Young Environmental Envoy, http://www.byeebrasil.com.br/ , o Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais é um dos mais importantes projetos mundiais de responsabilidade social da Bayer em prol da juventude e do meio ambiente. O programa é realizado em 19 países em todo o mundo e incentiva a produção científica e a adoção de ações socioambientais entre jovens de 18 a 25 anos, oferecendo como prêmio uma viagem à Alemanha. Na ocasião, os ganhadores têm a chance de participar de um intercâmbio técnico-cultural com os vencedores de todos os outros países participantes.


Os objetivos do Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais são:

- Incentivar o desenvolvimento de projetos que privilegiem o desenvolvimento sustentável em nível local,

- Identificar lideranças jovens de 18 a 25 anos nas áreas de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável,

- Promover o intercâmbio e a troca de experiências sobre questões ambientais,

- Estabelecer entre os jovens uma rede de contatos para facilitar a troca de informações e pontos de vista sobre questões ambientais,

- Oferecer oportunidades para que os participantes tenham acesso a inovações tecnológicas, práticas e estilos de vida sustentável.

Criado na Tailândia, em 1998, o BYEE inicialmente contemplava apenas participantes das Filipinas e de Cingapura. Em 2002, o programa foi estendido para a Índia; em 2003, para a China; e, em 2004, para Brasil, Colômbia, Coréia, Equador, Indonésia, Polônia e Venezuela. Peru e Quênia aderiram ao Programa em 2005; Vietnã e Malásia, em 2006 e Turquia em 2007. A África do Sul participou pela primeira vez em 2008 e, este ano, o BYEE conta também com a adesão do Chile.

Até 2008, o programa já beneficiou quase 400 jovens em todo o mundo, sendo 20 deles no Brasil. Os trabalhos vencedores no Brasil já abordaram diferentes temas dentro de um grande universo. Entre eles: design de mobiliário escolar com madeira plástica, utilização de pavimentos ecológicos em grandes cidades e descarte consciente de medicamentos.

domingo, 1 de novembro de 2009

BIOSFERA Economia

Floresta em pé começa a valer dinheiro

por Diego Geraldo

As notícias são boas, mas podem melhorar nos próximos anos. As empresas brasileiras finalmente começaram a ganhar dinheiro com a venda de créditos de carbono; e o lucro poderia ser maior.

Em 2008, as empresas brasileiras faturaram US$ 20,8 milhões, o que quer dizer 35 milhões de toneladas de dióxido de carbono a menos na atmosfera. Vale lembrar que o desmatamento é o responsável por mais da metade das emissões brasileiras.

Os valores negociados poderiam ser até dez vezes maiores. Isso porque esses créditos são provenientes de florestas nativas, que ainda não são negociados nas bolsas credenciadas pela ONU.

Na 15ª Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, que será realizada no fim do ano, em Copenhague, capital da Dinamarca, o Brasil irá propor que esses créditos sejam negociados nas bolsas credenciadas pela ONU. Se isso acontecer, a floresta em pé poderá ter mais valor que a floresta devastada.

Mas algumas questões ainda devem ser resolvidas antes deste cenário, e talvez a principal seja quem irá fiscalizar que essas florestas continuam de fato de pé. O Governo? A ONU? E como fazer isso evitando que a corrupção e laudos falsos não brotem colocando floresta onde não existe? Coisas que, covenhamos, não é lá tão difícil de conseguir no Brasil.

E, por enquanto, somente empresas grandes lucram com isso. Será que o pequeno produtor, que vive da floresta, poderá também aproveitar deste benefício? Somente a organização e a vontade do Estado brasileiro poderá garantir.