domingo, 1 de novembro de 2009

BIOSFERA Economia

Floresta em pé começa a valer dinheiro

por Diego Geraldo

As notícias são boas, mas podem melhorar nos próximos anos. As empresas brasileiras finalmente começaram a ganhar dinheiro com a venda de créditos de carbono; e o lucro poderia ser maior.

Em 2008, as empresas brasileiras faturaram US$ 20,8 milhões, o que quer dizer 35 milhões de toneladas de dióxido de carbono a menos na atmosfera. Vale lembrar que o desmatamento é o responsável por mais da metade das emissões brasileiras.

Os valores negociados poderiam ser até dez vezes maiores. Isso porque esses créditos são provenientes de florestas nativas, que ainda não são negociados nas bolsas credenciadas pela ONU.

Na 15ª Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, que será realizada no fim do ano, em Copenhague, capital da Dinamarca, o Brasil irá propor que esses créditos sejam negociados nas bolsas credenciadas pela ONU. Se isso acontecer, a floresta em pé poderá ter mais valor que a floresta devastada.

Mas algumas questões ainda devem ser resolvidas antes deste cenário, e talvez a principal seja quem irá fiscalizar que essas florestas continuam de fato de pé. O Governo? A ONU? E como fazer isso evitando que a corrupção e laudos falsos não brotem colocando floresta onde não existe? Coisas que, covenhamos, não é lá tão difícil de conseguir no Brasil.

E, por enquanto, somente empresas grandes lucram com isso. Será que o pequeno produtor, que vive da floresta, poderá também aproveitar deste benefício? Somente a organização e a vontade do Estado brasileiro poderá garantir.

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