El Niño ressurge e alterações climáticas são iminentes
Por Thiago Toledo
Vocês se lembram do fenômeno climático El Ninõ? Ele teve destaque cerca de dez anos atrás, após as águas do Oceano Pacífico atingirem 4°C de aquecimento acima do normal. Pois é, ontem cientistas americanos divulgaram que o El Niño retornou e o clima em todo mundo pode ser afetado em breve.
Os meteorologistas da Administração Nacional de Atmosfera e Oceano (NOAA) dizem que a superfície das águas teve uma elevação de 1º C de temperatura acima do normal, numa faixa estreita no Pacífico equatorial oriental.
Além disso, o Centro de Previsão Climática da NOAA disse que a temperatura em outras regiões tropicais também está acima do normal, com leituras mais quentes que o usual até 200 metros abaixo da superfície.
As fortes chuvas e os temíveis furacões são as maiores preocupações, em outras regiões o problema maior é a seca. No território brasileiro os reflexos do El Niño foram percebidos em diversos pontos do país, com destaque para a rigorosa estiagem que castigou a região Nordeste e as enchentes na região Sul, incluindo ainda a diminuição nos índices pluviométricos da região Norte, provocando secas e incêndios, como aconteceu no Estado de Roraima em 1998, quando o fogo devastou pelo menos 15% de seu território.
Esse acontecimento climático resulta em alterações no clima, como, por exemplo, no regime das chuvas em diversos pontos do planeta. Apesar de se conhecer suas conseqüências, ainda sabe-se muito pouco acerca de sua origem e causas. Atualmente, há muitas teorias que tentam explicar o surgimento do fenômeno, mas sem nenhuma comprovação contundente.
No ano de 1982 esse fenômeno foi intensamente anunciado nos meios de comunicação. Um ano depois, a temperatura das águas do oceano Pacífico atingiu 5,1°C, aquecimento atípico. Apesar dessa atuação do El Niño ser considerada a mais forte já registrada, estudos contemporâneos indicam que as manifestações nos anos de 1972/73 foram mais ativas do que as ocorridas na década de 80.
Houve uma manifestação do El Niño em 1997, com o aquecimento das águas no mês de outubro. No ano seguinte, 1998, as águas do Pacífico atingiram 4°C de aquecimento anormal, o que consolidou o fenômeno, que apresentou uma força comparada a da década de 70.
Sua atuação promoveu mudanças efetivas no regime das chuvas, por essa razão houve períodos rigorosos de seca nos Estados Unidos, sudeste do continente africano, Indonésia, Austrália e América Central. Em contrapartida, houve precipitação além do normal nos países europeus mediterrâneos, no oeste da Índia e sul do Brasil. (Fonte: Eduardo de Freitas – Geógrafo da Brasil Escola).
Abaixo um vídeo em espanhol sobre o fenômeno El Niño, que explica muito bem as suas consequencias.
Um comentário:
Ótimo post Thiago. Parabéns!
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